terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

ENTREVISTANDO A CRIANÇA




1) Você sabe o motivo de sua vinda à clínica?
2) Por que os pais lhe trouxera para conversar com um psicólogo?

O psicólogo clínico deverá estabelecer um bom rapport com a criança observando no período de entrevistas, as recomendações, abaixo:

1) Afirmações descritivas do comportamento atual ou forma de sua apresentação  pessoal presente. Exemplo: "A casa que você desenhou parece o castelo ratim bum".
2) Afirmações "egóicas" do que foi dito pela criança, afirmações estas que também ajudam a organizar as descrições e os pensamentos infantis. Exemplo: Após a criança ter pedido ao terapeuta que lhe passasse o lápis preto, este diz: "Você está precisando de um lápis escuro para pintar seu desenho"?
3) Descrições elogiosas do que a criança faz ou diz, como por exemplo: "Que legal  você está me contando isto que lhe aconteceu"!; tais verbalizações fornecem pistas à criança sobre a direção aprovada pelo terapeuta.
4) Questões abertas favorecem  comunicação, além de possibilitar à criança chegar às suas próprias conclusões e não ser direcionada pelo terapeuta (ao invés de: "De qual brinquedo você gosta mais? (pergunta certa). Você gosta de brincar de quebra-cabeças? (pergunta errada). Ou ainda: "Você se lembra de alguma coisa sobre isto?" , dizer: "O que você consegue lembrar acerca disso?
5) Afirmações não críticas são sempre preferíveis às críticas, mesmos aquelas que podem direta ou indiretamente sugerir que a criança está fazendo algo errado, como: "Eu sei que você poderia se sair melhor na escola".


O que o terapeuta deve fazer diante de comportamentos negativos da criança:

Bater a cabeça na parde: Ao invés de dizer para a criança parar de bater a cabeça na parede, sugerir que venha brincar perto dele (a).
Atirar coisa no terapeuta: Ao invés de dizer que não gosta que joguem os blocos no chão, dizer firmemente que os blocos devem ser colocados na caixa ou ainda, dizer para a criança desenhar no papel para depois poder levar para a casa. 
Subir na mesa: Quando a criança descer comentar que é mais seguro quando ela fica com o pés no chão.


Estabelecer o vínculo com a criança em psicoterapia deve ser o objetivo principal do psicólogo no atendimento infantil (Maria Célia). 



quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

MODELOS DE ETAPAS DE MUDANÇA



1ª Etapa: NEGAÇÃO

A pessoa nega o acontecimento e a situação difícil pela qual está passando. Essa negação busca amortecer o impacto, não pensar somente o que lhe aconteceu, ou seja, tenta seguir a vida como se nada tivesse acontecido.

 2ª Etapa: RAIVA/FÚRIA

Ao reconhecer-se diante da situação desafiadora que, agora é inegável, o sujeito expressa a sua  raiva e fúria por reconhecer-se incapaz de mudar aquilo.


3ª Etapa: BARGANHA

O sujeito começa a barganhar com Deus. Eu faço isso e, em troca, o Senhor me tira dessa situação.



4ª Etapa: DEPRESSÃO

A angústia e ansiedade diante da irrevogável necessidade de mudança que se apresenta pode levar o indivíduo ao desenvolvimento de quadros depressivos.



5ª Etapa: ACEITAÇÃO


O sujeito atende a aceitação e aceita a mudança, elabora esse processo e incorpora ao seu desenvolvimento.


sábado, 3 de fevereiro de 2018

TRANSTORNO DE ANSIEDADE


A ansiedade é definida como uma sensação vaga e difusa, desagradável, de apreensão expectante que se acompanha de diversas manifestações físicas e, até certo ponto, é um estado afetivo normal e útil (2). Os transtornos de ansiedade surgem quando esta excede o limite da normalidade, de modo que tal sensação se torna tão intensa e desagradável que impede o funcionamento adequado do indivíduo.  A terceira edição do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais - DSM-III (3) separou a categoria das então chamadas “neuroses de ansiedade” em múltiplas síndromes. Estas foram mais bem caracterizadas pelo DSM-IV (4), quando foram definidas mais claramente como categorias nosológicas distintas.
Estas síndromes seriam, então, subtipos de transtornos de ansiedade, que apresentam características psicopatológicas particulares, porém tendo este estado afetivo como sintoma central. Estes são: Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno de Pânico (TP), Transtorno de Ansiedade Social (TAS) ou fobia social, fobias específicas, Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). 


Os transtornos de ansiedade englobam diversas síndromes clínicas em psiquiatria. O elemento principal obrigatório é o padrão mal adaptativo devido à ocorrência de uma reação ansiosa desproporcional ao perigo real. Tal reação varia em intensidade, frequência, persistência, situações “gatilho” e consequências entre os diferentes transtornos de ansiedade. 

Outras modalidades terapêuticas, além da farmacoterapia, também são fundamentais no tratamento dos transtornos ansiosos, destacando-se a terapia cognitiva-comportamental (TCC), com excelentes resultados demonstrados por diversos estudos clínicos. A terapia de base analítica também pode ser indicada, porém, devido às características intrínsecas do método, não é possível obter evidências por ensaios clínicos de sua eficácia.

Assim, o diagnóstico e tratamento adequado dos diferentes transtornos de ansiedade poderão trazer melhora da qualidade de vida, redução do sofrimento e do prejuízo no funcionamento social dos pacientes portadores destas frequentes condições psiquiátricas.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

TRATAMENTO PSICOTERÁPICO
Outras modalidades terapêuticas, além da farmacoterapia, também são fundamentais no tratamento dos transtornos ansiosos, destacando-se a terapia cognitiva-comportamental (TCC), com excelentes resultados demonstrados por diversos estudos clínicos. A terapia de base analítica também pode ser indicada, porém, devido às características intrínsecas do método, não é possível obter evidências por ensaios clínicos de sua eficácia.
Referências: (Mochcovitch; Crippa & Nardi, 2010).