Como enfrentar a depressão?
Perante uma depressão, e como já foi referido, é
fundamental recorrer a um profissional de saúde mental (psicólogo clínico ou
psiquiatra). Hoje em dia há dados concretos sobre os benefícios de uma
psicoterapia (que deve ser levada até ao fim, e não apenas até a remissão dos
sintomas mais incapacitantes!). Cada pessoa tem a sua maneira única de estar na
vida e, naturalmente, estratégias que servem para algumas pessoas, não ajudam
outras. Por exemplo, há pessoas que se sentem muito bem em atividades de
voluntariado, de apoio à comunidade, e outras não. O mais importante é perceber
quais as estratégias adaptadas a si.
ESTRATÉGIAS EM CASOS DE DEPRESSÃO
∎Manter um horário regular dos sonos (criar
rotinas nas horas de deitar e levantar);
∎Fazer exercício físico (moderado e de
acordo com a preparação física de cada um);
∎Prática espiritual (se é religioso, vá
mais vezes (ou regresse) à sua igreja ou local de culto);
∎Técnicas de Relaxamento (meditação,
momentos de respiração profunda, etc têm sido considerados pela comunidade
científica como uma excelente ajuda!);
∎Evitar ficar sozinho por períodos
demasiado longos (mais uma vez, de acordo com o que considerar “demasiado
longos”);
∎Fazer uma alimentação saudável e regular
(nas depressões, não raras vezes a alimentação é descurada, procure manter um
equilíbrio a este nível);
∎Evitar álcool e drogas (o risco de abuso
aumenta nestas fases);
∎Se está a fazer uma terapia (psicológica
ou farmacológica), cumpra com as consultas e siga o que for acordado com o
seu terapeuta ou médico.
Referências: (Rivera, 2009).
TRATAMENTO
Farmacológico: Na depressão ocorre uma diminuição de neurotransmissores como: serotonina, noradrenalina e dopamina, que são substâncias químicas responsáveis pela regulação do humor e de nossas respostas emocionais. Os antidepressivos atuam nesses neurotransmissores objetivando uma melhora na sintomatologia desse paciente. Dentre os antidepressivos mais utilizados estão:
1 - Inibidores Monoaminooxidase (IMAO);
2 - Antidepressivos Tricíclicos ((ADT);
3 - Inibidores de Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRNs);
4 - Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRSs);
Antidepressivos de terceira geração como Doxepina e Agomelatina têm sido utilizados como potentes armas no combate contra insônia em processos depressivos, além de diminuir os efeitos colaterais referentes à memória e disfunção sexual, agem em neurotransmissores, melhorando o humor, a qualidade do sono e diminuindo o número de despertares.
Terapia Eletroconvulsiva: São utilizados em pacientes com sintomas delirantes, em alto risco de autoextermínio, e aqueles pacientes nos quais, devido sua alteração orgânica, esteja contra indicado o uso de fármacos antidepressivos. O método consiste em aplicar uma corrente com a finalidade de produzir no paciente um estado convulsivo, promovendo um relaxamento muscular e aliviando as dores, são necessários de 5 a 20 exposições com duração de 1 minuto, com intervalos de 10 a 15 minutos entre cada exposição.

Psicoterapia: O acompanhamento com psicoterapeuta tem a finalidade de levar o paciente a reconhecer, analisar e compreender as causas que geram os conflitos, procurando ajustar os pensamentos distorcidos que ele tem de si e do mundo, buscando melhorar suas relações interpessoais, capacitando-o para administrar seus conflitos futuros. A terapia interpessoal consiste em encontrar a origem do problema, através da história do paciente, caracterizando os pontos positivos e negativos do relacionamento dele com as pessoas que o cerca, orientando sobre o que é depressão, seus sinais e sintomas e a importância do tratamento para a recuperação e prevenção de futuros casos (Feitosa; Borhy & Machado, 2011).

Que conduta adotar na terapia aguda?
O tratamento adequado da depressão requer não somente a melhora dos sintomas observados na fase aguda, mas também a observação de quais, dos referidos sintomas, não retornam no período de manutenção (recaída), enquanto a pessoa permanece vulnerável. As seguintes variáveis devem ser consideradas:
1. Eliminar as causas contribuintes - causas ambientais, agentes físicos, outras drogas capazes de causar a depressão, excesso de cafeína, etc.
2. Aumentar a dosagem de antidepressivo aos níveis terapêuticos, considerando a resposta e a tolerância do paciente.
3. Doses adequadas, por exemplo, de 150 mg ou mais de tricíclicos, por períodos adequados de tempo. Quatro semanas ou mais são necessárias para um efeito ótimo.21 Mesmo assim, 25% não respondem por seis semanas.22
4. Se a depressão continua após quatro semanas de dosagem terapêutica, outro antidepressivo deve ser tentado.21