sábado, 13 de janeiro de 2018

COMPORTAMENTO SUICIDA



Comportamento Suicida

O comportamento suicida deveria ser abordado pelos profissionais de saúde de acordo com a presença de determinadas características de personalidade como agressividade, impulsividade ambivalência e retraimento; a relevância da presença de antecedentes familiares, indicação de sinais de alerta e presença de ideação suicida. Nos aspectos interpessoais e vinculares levantam se, aspectos destrutivos presentes nas relações, funcionamento da dinâmica familiar muitas vezes conturbada, as dificuldades de comunicação durante uma crise depressiva e finalmente os tipos de despedidas utilizadas mais comumente pelos suicidas. No âmbito social, ressalta-se o medo da hereditariedade que assombra os familiares do suicida, por representar um conflito de difícil elaboração, experiência esta geradora de sentimentos ambivalentes, ora por culpa e ora por raiva; as fases do luto e a importância da criação de serviços de assistência psicológica aos enlutados e a disseminação das orientações aos sobreviventes (Barbosa; Macedo & Silveira, 2011).



O comportamento suicida contempla independente do ponto de vista pelo qual é analisada, uma dimensão central relacionada ao sofrimento. Pode-se pensar no sofrimento que leva o indivíduo ao ato suicida, no sofrimento resultante do enfrentamento familiar frente ao suicídio de um de seus membros, assim como nas conseqüências sociais que tal ato provoca. Nessa mesma direção, o Informe Mundial sobre a Violência e a Saúde publicado pela Organização Panamericana da Saúde (OPS) alerta para o fato de que cada pessoa que tenta efetivamente se suicidar “deixa atrás de si muitas outras – familiares e amigos – cujas vidas resultam profundamente afetadas desde o ponto de vista emocional, social e econômico”.


Estima-se, ainda, que o número de tentativas de suicídio supere o número de suicídios em pelo menos 10 vezes. Com base em dados da Organização Mundial da Saúde tem-se um dado importante: 15 a 25% das pessoas que tentam o suicídio tentarão novamente se matar no ano seguinte, e 10% das pessoas que tentam o suicídio, conseguem efetivamente matar-se nos próximos dez anos.

Assim, o comportamento suicida exerce forte impacto nos serviços de saúde e calcula-se que 1,4% da carga (burden) global ocasionado por doenças no ano 2002 deveu-se as tentativas de suicídio. Estima-se que essa porcentagem chegará a 2,4 em 2020. Os coeficientes de mortalidade por suicídio (calculados em termos de número de mortes por cada cem mil habitantes) são consideravelmente mais baixos na América do Sul do que na América do Norte e Europa. Da mesma forma que em outros continentes, tem-se observado um incremento nesses coeficientes entre jovens e adultos jovens de sexo masculino e entre populações indígenas (Botega et al. 2006).


A pessoa que pensa em dar fim a sua vida não tem uma perfil definido. Pensar em autoextermínio é uma ideia que pode surgir tanto na mente de uma criança como na mente de um idoso. Matar-se pode ser uma solução imaginada pelos tolos e pelos sábios. É algo que acomete com o rico e com o pobre, enfim, é uma decisão humana que o homem ainda não conseguiu explicar (Maria Célia).

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