Em busca do fim do sofrimento psíquico
A ideia do suicídio como um
aparente desfecho para uma história de muito sofrimento, de um quadro depressivo,
um ato de desespero ou insanidade, reacende uma discussão sobre a dificuldade que
é a compreensão e a abordagem destas pessoas no desenrolar de suas tramas
pessoais, além das dificuldades de detecção de sinais de desesperança, dos
pedidos de ajuda, verbais e não verbais comuns frente ao surgimento do desejo
de morte e da própria ideação suicida. Lidar com a morte nos remete a nossa
própria finitude, que atormenta e ameaça. A morte voluntária (suicídio) assusta
ainda mais, pois contraria, inquieta e
deixa um incômodo no ambiente onde é revelada, suscitando ideias, sentimentos e
fantasias de conteúdo terrorífico. Para a psicanálise freudiana, nenhum de nós
acredita na própria morte; ou, o que venha a significar o mesmo, e que no inconsciente,
cada um de nós está convencido de sua imortalidade.
Em geral o sofrimento emocional
em nosso meio é carregado de estigma. As pessoas têm vergonha de admitir suas
angústias e aflições; admitir e expressar que passam pelos seus pensamentos uma
forte ideia de que a morte seria um alívio para o sofrimento, uma forma de
saída mágica dos conflitos costuma ser escondida ou camuflada, dificultando
ainda mais o acesso a esta pessoa e oferecimento de ajuda ou suporte
especializado. A sociedade, apesar dos avanços da medicina em diagnosticar com
mais precisão os transtornos mentais e serem várias as possibilidades de intervenções
psicoterápicas e farmacológicas, manifesta seu preconceito. Segundo pesquisas,
apenas 30% dos deprimidos procuram ajuda (Barbosa; Macedo & Silveira,
2011).
Falta de informação
A falta de informação e
esclarecimento sobre os riscos dos comportamentos autodestrutivos, por parte
dos familiares e dos próprios profissionais de saúde, acarreta grande descompasso
entre as necessidades daquele que apresenta a ideação suicida e a tomada de
atitudes das pessoas de seu convívio, fator que ampliaria as possibilidades de
se evitar o ato suicida. Alterações de comportamento, isolamento social, ideias
de autopunição, verbalizações de conteúdo pessimista ou de desistência da vida,
e comportamentos de risco podem sinalizar um pedido de ajuda. O comportamento
suicida está frequentemente associado com a impossibilidade do indivíduo de
identificar alternativas viáveis para a solução de seus conflitos, optando pela
morte como resposta de fuga da situação estressante.
Detectar e tratar
adequadamente a depressão reduz as taxas de suicídio. Em geral o sofrimento emocional
em nosso meio é carregado de estigma. As pessoas têm vergonha de admitir suas
angústias e aflições; admitir e expressar que passam pelos seus pensamentos uma
forte ideia de que a morte seria um alívio para o sofrimento, uma forma de
saída mágica dos conflitos costuma ser escondida ou camuflada, dificultando
ainda mais o acesso a esta pessoa e oferecimento de ajuda ou suporte
especializado.
A sociedade, apesar dos avanços da medicina em diagnosticar com
mais precisão os transtornos mentais e serem várias as possibilidades de intervenções
psicoterápicas e farmacológicas, manifesta seu preconceito. Segundo pesquisas,
apenas 30% dos deprimidos procuram ajuda. O acesso a informações sobre saúde
mental, o alto custo dos medicamentos e das terapias, os tabus sociais que
rondam a morte e o suicida, falhas na formação dos médicos quanto aos aspectos
relacionados a saúde mental, e falta de especialistas em saúde mental no
serviço público representam as principais dificuldades para aqueles que
apresentam transtornos mentais receberem tratamento adequado.
O acesso a informações sobre
saúde mental, o alto custo dos medicamentos e das terapias, os tabus sociais que
rondam a morte e o suicida, falhas na formação dos médicos quanto aos aspectos
relacionados a saúde mental, e falta de especialistas em saúde mental no
serviço público representam as principais dificuldades para aqueles que
apresentam transtornos mentais receberem tratamento adequado (Barbosa; Macedo
& Silveira, 2011).
O suicídio não é um ato de coragem e nem de covardia, mas um ato de alguém que se percebe sozinho em meio aos Caos (Maria Célia).
Nenhum comentário:
Postar um comentário